Como seria contada a história da natividade se em vez do Menino Jesus ter nascido na Antiguidade, este facto tivesse ocorrido no Mundo atual, em plena “Aldeia Global”?
Será que a Anunciação e a informação da gravidez da Virgem Maria a São José seriam também verbais? E o que dizer em relação aos Reis Magos, onde é que eles iriam adquirir as oferendas para o Menino?
Partindo destas questões foi divulgado, no You Tube, há alguns anos, um vídeo, que já conta com milhões de visualizações e que merece alguma reflexão, sobre, por um lado, a dependência das sociedades atuais e do comum cidadão, em relação às novas tecnologias de informação/comunicação e às ferramentas colocadas à sua disposição na web e, por outro, à premente necessidade de cada um de nós adquirir maiores competências digitais, sob o risco de ficarmos excluídos deste “Admirável mundo novo”.
Contudo não podemos restringir as competências digitais à capacidade de aceder aos recursos e à maior destreza na sua utilização, mas compreender e avaliar de modo crítico as suas virtualidades, os seus conteúdos e os seus riscos.
Redes sociais, correio eletrónico, motores de busca, comércio eletrónico, telemóveis de última geração, não são esquecidas nesta história de natal digital, e se a sua utilização facilita a comunicação e aproxima pessoas, regiões e países, também em simultâneo vão acelerar o nosso ritmo de vida, pois que espaço e tempo são duas variáveis indissociáveis, em que encurtando o primeiro, acelera-se o segundo.
Vivemos deste modo ao ritmo da tecnologia, ritmo este incompatível com o da mente humana, que nos transforma cada vez mais em autênticos autómatos, em seres sem tempo para pensar e refletir, quanto mais para realizar a tão necessária, quanto fundamental introspeção.
Assim, ao ritmo da tecnologia disponível, e consequentemente de forma quase alucinante, conta-se a história de natal com novos ingredientes, mas com os mesmos sentimentos.
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