Assinala-se hoje um dia muito caro a todas as crianças, que muitas vezes só o vêem como mais um dia no qual podem receber um presente. Porém o seu significado ultrapassa o de uma simples festa e respetiva prenda.
Foi a seguir à segunda guerra mundial, em 1950, que surgiu o Dia Mundial da Criança. Muitos meninos tinham perdido os pais, viviam na miséria e tinham de trabalhar em vez de irem à escola.
Com a criação deste dia, os estados-membros da Organização das Nações Unidas, reconheceram às crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social o direito a:
• afecto, amor e compreensão;
• alimentação adequada;
• cuidados médicos;
• educação gratuita;
• protecção contra todas as formas de exploração;
• crescer num clima de Paz e Fraternidade Universais.
Em 20 de Novembro de 1959, estes direitos foram escritos e reconhecidos através da aprovação legal da "Declaração dos Direitos das Crianças". Esta Declaração trata-se de uma lista de 10 princípios, que, infelizmente, não protegem ainda todas as crianças do mundo.
Assim o Dia Mundial da Criança serve, sobretudo, para lembrar um grande problema mundial: o esquecimento dos direitos das crianças.
Para ajudar a refletir sobre as largas centenas, se não, milhares de crianças que continuam a sofrer abandono e maus tratos e a serem explorados o "fora de porta" reproduz o texto de Luísa Ducla Soares sobre este dia, retirado do "livro das datas":
HOJE É DIA DA CRIANÇA
Hoje é Dia da Criança,
e eu quero dar-te a Lua.
Mas há meninos sem nada,
que dormem sós numa rua.
Hoje é Dia da Criança,
na aula lês teus direitos.
Mas há meninos nas obras,
a mando de alguns sujeitos.
Hoje é Dia da Criança,
saboreias chocolate.
Mas há meninos raptados,
que sonham com o resgaste.
Hoje é Dia da Criança,
em todo o Planeta Terra.
Mas há meninos que morrem,
em combates, numa guerra.
Hoje é Dia da Criança,
tu brincas, cantas, sorris.
Um dia, cada criança
como tu será feliz.
FONTE: SOARES, Luísa Ducla, "O livro das datas", Porto, Civilização Editora, 2009, 68 pág.
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